É um assunto que assusta muitas pessoas, e não é para menos. Essa é uma doença muito agressiva e, infelizmente, muitas vezes só é diagnosticada quando já está em um estágio avançado.
Ele é o terceiro tipo de tumor mais prevalente em homens e o quarto em mulheres no Brasil. Mas afinal, o que é o câncer de pulmão?
O câncer de pulmão é um tipo de câncer que se origina nos pulmões que são os órgãos responsáveis por captar o oxigênio e expelir o dióxido de carbono do nosso organismo. Existem dois tipos principais de câncer de pulmão: o carcinoma não de pequenas células e o carcinoma de células pequenas.
O carcinoma não de pequenas células é o tipo mais comum, correspondendo a cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão. Já o carcinoma de pequenas células é menos comum, correspondendo a cerca de 15% dos casos.
É o tabagismo, o cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, muitas delas cancerígenas, que afetam diretamente os pulmões.
Outros fatores de risco incluem exposição a substâncias químicas como o amianto e radônio, histórico familiar de câncer de pulmão e poluição do ar.
Os sintomas do câncer de pulmão podem variar de acordo com o estágio da doença.
Nos estágios iniciais, é comum que a pessoa não apresente sintomas. À medida que a doença avança, podem surgir sintomas como tosse persistente, falta de ar, dor no peito, perda de peso inexplicável, fadiga e rouquidão.
É feito por meio de exames como a radiografia e a tomografia computadorizada do tórax, que permitem visualizar os pulmões e identificar possíveis lesões. Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
O tratamento do câncer de pulmão depende do estágio da doença. Nos estágios iniciais, a cirurgia pode ser indicada para remover o tumor. Nos estágios mais avançados, a radioterapia, a quimioterapia e a imunoterapia são opções mais comuns.
É importante ressaltar que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura.
Prevenir o câncer de pulmão é fundamental, e a principal medida é evitar o tabagismo. Se você é fumante ou ex-fumante, procure ajuda para parar de fumar o mais rápido possível e iniciar o rastreio do câncer de pulmão através da tomografia de baixa dose.
Em resumo, o câncer de pulmão é uma doença grave e que pode ser prevenida em grande parte dos casos. Fique atento aos sintomas e procure um médico caso tenha qualquer suspeita. Cuide da sua saúde e mantenha hábitos saudáveis, pois isso pode fazer toda a diferença no seu bem-estar.
Cada vez mais são realizados exames de radiografia e/ou tomografia de tórax em virtude de outras doenças ou até mesmo no rastreio de câncer de pulmão. E se o exame identificar uma lesão pulmonar suspeita, qual o próximo passo? Quem devo procurar?
Geralmente estes exames são solicitados por médicos das mais variadas especialidades. A análise cuidadosa da imagem da tomografia de tórax identifica se o achado encontrado no exame é uma lesão suspeita de câncer ou não.
Caso a lesão for suspeita de câncer de pulmão há necessidade de diagnóstico através de uma biópsia que será definida pelo cirurgião torácico tendo apoio de uma equipe multidisciplinar (pneumologistas, oncologistas, radiologistas, patologistas, radioterapeutas) que poderá ser realizada por métodos menos invasivos, tais como broncoscopia ou biópsia guiada por tomografia, e métodos invasivos que incluem procedimentos cirúrgicos. Cabe ao cirurgião torácico definir o melhor método e, sempre que possível, associar diagnóstico e estadiamento (que é o nível de comprometimento do tumor) em um mesmo procedimento. Após a realização da biópsia, o material é encaminhado para o médico patologista que fará análise e definirá o tipo de tumor através de exames como anatomopatológico, imunohistoquímica, testes moleculares e genéticos.
Além da biópsia, é necessário realização de exames de imagem à procura de outras lesões pelo corpo (metástases).
Estes exames podem ser tomografia de crânio e abdome associado a cintilografia óssea ou PET-SCAN e ressonância de crânio. Conforme os achados de imagem e resultado das biópsias, podemos definir o tratamento a ser realizado.
Pacientes com câncer de pulmão em estágio inicial poderão ser submetidos a tratamento cirúrgico seguido ou não de quimioterapia ou imunoterapia. Mas que tipo de cirurgia pode ser realizada? Há várias técnicas cirúrgicas desde uma cirurgia aberta (Toracotomia) até a cirurgia robótica que avançou muito nos últimos anos sendo um dos tratamentos preconizados pela nossa equipe sempre que possível visto ser um procedimento mais seguro, com menor tempo de recuperação pós operatória e principalmente por ser um procedimento em que poderemos retirar o maior número de linfonodos (linfadenectomia) que interfere e muito no prognóstico da doença.
Alguns casos, haverá necessidade de realizar um tratamento neoadjuvante, ou seja, utilização de quimioterapia e/ou imunoterapia a fim de promover redução da lesão tumoral seguido de tratamento cirúrgico.
E nos casos avançados ou em pacientes sem condições clínicas para ser submetido a tratamento cirúrgico, será realizado tratamento com quimioterapia e/ou imunoterapia e radioterapia conforme discussão com equipe de oncologia.
Entretanto, independente do estágio do câncer de pulmão é de extrema importância a realização de discussão multidisciplinar e isso implica diretamente no sucesso do tratamento.
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