CIRURGIAS DO ESÔFAGO

Diversas doenças podem acometer o esôfago e por ser um órgão torácico nossa equipe possui uma grande espertes nas doenças cirúrgicas que o acometem.

Infelizmente, tumores podem se desenvolver no esôfago e, se não tratados, podem ser bastante incapacitantes e até mesmo levar à morte.

Os tumores benignos são os menos graves,

pois não se espalham para outras partes do corpo, no entanto, costumam chegar a tamanhos maiores o que geralmente necessita remoção com cirurgia.

Já os tumores malignos são mais sérios, pois podem se espalhar para outras partes do corpo e podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

A cirurgia para tumores do esôfago envolve a remoção do tumor e, geralmente, além do esôfago, uma parte do estômago também é removida. A cirurgia é realizada em 3 campos cirúrgicos diferentes, no pescoço, no tórax e no abdômen. Alguns cirurgiões, especialmente os oncológicos e os do aparelho digestivo, indicam por vezes a cirurgia sem o campo cirúrgico pelo tórax e desta forma realizam a dissecção do esôfago torácico (o que compreende quase a totalidade do órgão) às cegas.

Trabalhos mostram uma ressecção incompleta em muitos casos e principalmente sem a linfadenectomia mediastinal (sem a retirada dos gânglios linfáticos aos quais o tumor pode deixar metástases no tórax).

Geralmente nossa equipe realiza o tempo torácico por video ou robótica em primeiro lugar, liberando todo esôfago torácico e realizando a linfadenectomia. No segundo momento realiza-se a dissecção do estômago e a confecção do tubo gástrico que fará a substituição do esôfago e permitirá ao paciente alimentar-se após a cirurgia. Por último, por meio de uma incisão no pescoço, realiza-se a emenda (anastomose) do tubo gástrico ao esôfago cervical.

Também realizamos cirurgias de hérnia de hiato pelo tórax. Essa é uma cirurgia que caiu desuso, pois a via abdominal é preferencial para estes casos.

No entanto, em casos selecionados, geralmente quando por cirurgias prévias ou radioterapia abdominal, onde a área da transição esôfago-gástrica está inacessível por aderências pela via abdominal, a via torácica é uma opção. Dr Eduardo Ballester fez em 2015 a primeira cirurgia de Hérnia de Hiato (Cirurgia de Belsey Mark IV) pelo tórax em posição prona por video do Brasil. Este trabalho foi apresentado na sessão de vídeos do Tórax2017, congresso nacional de Cirurgia Torácica.